Estamos exigindo deles uma maratona de decorebas, fórmulas e datas, muitas vezes desconectadas da realidade. Mas o mundo mudou, e os desafios que eles enfrentarão também. Não seria mais coerente se estivéssemos investindo tempo e energia no desenvolvimento do cognitivo, do raciocínio lógico, da resiliência, da capacidade de resolver problemas, da tomada de decisão?
E por que não dar o mesmo peso a habilidades que formam o ser humano por inteiro, como tecnologia, música, esporte, criatividade e inteligência emocional?
E se o jovem não conseguir uma vaga na universidade pública, nem uma vaga com FIES na particular, nem tiver o privilégio de estudar em uma escola federal que oferece um ensino profissionalizante e de fato coloca esse aluno no mercado de trabalho, como fazem os Institutos Federais, que na minha empresa mesmo formaram todos os desenvolvedores contratados, profissionais de cidades do interior altamente capacitados, que estudaram a vida toda em escolas públicas e garanto, bem mais preparados do que a maioria dos jovens de escolas privadas que tiveram acesso, no ensino médio, somente a conteúdos para o Enem?
O mercado de trabalho, e mais que isso, a vida, não premia quem apenas memoriza, ela exige quem sabe pensar, inovar e se adaptar. O que estamos esperando para reescrever esse roteiro e preparar nossos filhos para um futuro que já chegou?
Essa mudança está nas nossas mãos.
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